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28/4/2025

Liderança colaborativa ganha espaço e impulsiona resultados nas empresas

Larissa Mota, CEO do Grupo Exímia*

A figura do líder-herói, que centraliza todas as decisões e carrega o peso do sucesso ou fracasso de uma empresa, está se tornando cada vez mais obsoleta. Em seu lugar, surge um modelo de liderança mais colaborativo, que valoriza a vulnerabilidade, a empatia e a autonomia das equipes. Estudos da Gallup comprovam que organizações com equipes engajadas, com líderes colaborativos, são até 21% mais lucrativas. Essa transformação reflete a crescente demanda por ambientes de trabalho mais humanos e flexíveis, onde a inteligência coletiva e a inovação podem prosperar. A liderança do futuro não é mais uma questão de comando e controle, mas de facilitação e apoio ao crescimento conjunto.

O líder moderno não precisa ter todas as respostas, mas deve ser capaz de estimular a criatividade e a inovação de seus colaboradores. Seu papel é criar um ambiente ágil e seguro onde as pessoas possam experimentar, errar e aprender sem medo de falhar. Pesquisas de Brené Brown revelam que a vulnerabilidade é essencial para construir confiança e conexões autênticas — fatores-chave para o sucesso de qualquer equipe. Ao delegar responsabilidades, confiar nas capacidades de seus membros e reconhecer os méritos de cada um, o líder não apenas fortalece o senso de pertencimento, mas também aumenta a motivação e o engajamento coletivo, criando uma cultura de colaboração e crescimento contínuo.

A transformação digital exige também uma nova postura dos gestores, que devem estar abertos ao uso de tecnologias para otimizar processos e aprimorar a experiência dos clientes. Nesse contexto, o líder precisa atuar como facilitador, incentivando o uso de ferramentas tecnológicas que potencializam o trabalho das equipes e ampliam as possibilidades de inovação. O Fórum Econômico Mundial destaca habilidades como inteligência emocional e pensamento crítico como fundamentais para a liderança na era digital, onde a capacidade de adaptação e a visão estratégica são essenciais para o sucesso.

O futuro da liderança é colaborativo, e as organizações que souberem se ajustar a essa realidade terão uma vantagem competitiva no mercado. Pesquisas da Harvard Business Review apontam que a autonomia no trabalho aumenta a motivação, a criatividade e a satisfação dos colaboradores, sendo essa uma das maiores demandas da Geração Z e dos Millennials no ambiente corporativo. O modelo tradicional de "líder-herói" está com os dias contados, e isso é uma excelente notícia, pois abre espaço para uma forma de gestão mais humana, eficaz e inspiradora, baseada na colaboração e no empoderamento das equipes.

*Larissa Mota é advogada, especializada em Relações Trabalhistas e Sindicais pelo Centro Universitário Braz Cubas. Em 2005, fundou a Exímia, BPO especializada em terceirização de folhas de pagamento e gestão de benefícios.