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Por Larissa Mota, CEO do Grupo Eximia

A gestão de Departamento Pessoal (DP) é o coração de qualquer empresa, já que desempenha um papel crucial na administração de recursos humanos (RH), folha de pagamento, benefícios e conformidade legal. No mercado atual, que demonstra indicativos intensos de competitividade, essa função pode ser responsável por definir o sucesso de uma organização, pois ajuda a reduzir custos com multas, além de evitar disputas jurídicas, consequentes de erros na folha de pagamento. A decisão de terceirizar ou internalizá-la é, portanto, um dilema estratégico que merece uma análise cuidadosa.

Internalização

A internalização da gestão de DP se trata de garantir que todas as demandas sejam realizadas dentro do espaço organizacional. Essa alternativa apresenta vantagens, como o controle total sobre os processos, assegurando a observância das movimentações do setor, a integração com a cultura da empresa e a personalização de práticas. No entanto, também conta com desafios significativos que precisam ser levados em consideração.

Um dos principais deles é o custo elevado com equipe e infraestrutura. Manter uma equipe interna de DP requer investimento em salários, treinamento e tecnologia. A organização também precisa estar preparada para lidar com a constante atualização em legislações trabalhistas, o que pode ser um fardo pesado para times internos, que costumam ser menos robustos do que o ideal. Esse aumento na demanda pode causar uma sobrecarga, capaz de acarretar prejuízos consequentes de falhas operacionais.

Terceirização

Já a terceirização vislumbra que especialistas atualizados estejam cuidando desses aspectos, algo capaz de minimizar os riscos. Entre os principais benefícios dessa prática está a redução de gastos com tecnologia e infraestrutura própria, partindo do pressuposto de que não há grandes investimentos relacionados à manutenção de equipes internas.

Além disso, o acesso a profissionais que acompanham as normas vigentes reforça aspectos de compliance. Essas figuras ficam dedicadas a monitorar de forma constante as legislações trabalhistas, garantindo que a corporação permaneça em conformidade. Ao mitigar erros e conflitos judiciais, isso leva a uma maior segurança jurídica.  A terceirização também possibilita que os colaboradores internos possam se concentrar em atividades mais estratégicas, como gestão de talentos e desenvolvimento organizacional.

No entanto, a adaptação aos valores, missão e visão da empresa pode ser um desafio nesse modelo. Prestadores terceirizados podem adotar abordagens que nem sempre estão alinhadas com as prioridades do negócio, tornando essencial um olhar criterioso durante a escolha de qual serviço aderir.

De qualquer maneira, para chegar a uma decisão satisfatória, é preciso equilibrar todos os fatores, sempre levando em conta as especificidades da empresa. Entender quais são os objetivos a longo prazo e o que se adequa melhor ao planejamento geral representam análises importantes, que podem definir uma resposta mais apropriada.

Larissa Mota é técnica em Contabilidade, além de formada em Direito, Relações Trabalhistas e Sindicais pelo Centro Universitário Braz Cubas. Em 2005, fundou a Exímia, BPO especializada em terceirização de folhas de pagamento e gestão de benefícios.