O cenário de pandemia que vivemos nos últimos anos causou muitas mudanças na rotina e, principalmente, nos modelos de trabalho. Um dos primeiros impactos foi a possibilidade de alteração do modelo de trabalho, algo que a maioria das empresas jamais pensaria em mudar em um contexto padrão. Após a pandemia de 2020, estudos mostraram que 56% das empresas globais permitiram horários remotos híbridos e 16% permitiram que sua força de trabalho fosse totalmente remota.
Essa alteração repentina fez com que as empresas compreendessem ser possível reinventar formas de trabalho e se adaptar a uma nova realidade. Uma pesquisa do Gartner descobriu que cerca de 70% dos funcionários desejam continuar alguma forma de trabalho remoto. O Twitter e o Facebook, entre outras empresas mundialmente reconhecidas, já deram permissão a seus funcionários para trabalhar remotamente de forma permanente. Cada tipo de empresa se adapta melhor a um determinado modelo de trabalho. Vamos entender quais são esses principais modelos e seus benefícios.
O modelo presencial era o mais comum antes da pandemia e ainda segue sendo o que consideramos uma experiência tradicional no local de trabalho. Colaboradores de todos os níveis e cargos trabalhando em um escritório, loja, depósito ou outro local juntos como uma unidade.
Nessa forma de trabalho, as organizações contam com um ambiente de trabalho consistente, onde os funcionários podem interagir pessoalmente de forma regular e espontânea. Essas colaborações fáceis podem ajudar na formação de equipes e na capacidade de trabalhar em projetos compartilhados. Nesse cenário, os ambientes de trabalho presenciais saem ganhando.
Em um local de trabalho remoto em tempo integral, funcionários trabalham em casa ou em um espaço de trabalho diferente de um escritório tradicional. Para organizações totalmente distribuídas, não há escritório e todos os funcionários trabalham remotamente em um local de sua escolha.
Trabalhar de maneira remota pode ajudar o colaborador a equilibrar a vida familiar e ainda realizar o trabalho de maneira produtiva. A eliminação de um deslocamento para muitos funcionários pode liberar uma ou duas horas preciosas para passar tempo com a família, cuidar de um familiar ou seguir um hobby.
O híbrido é basicamente uma combinação dos dois primeiros modelos, com os funcionários passando uma parte da semana de trabalho em um cenário remoto e a outra parte no escritório. Embora isso varie muito de setor para setor, muitas empresas geralmente tentam manter as horas, dentro e fora do escritório, razoavelmente iguais para todos os funcionários.
Para muitas pessoas e organizações, o modelo híbrido une o melhor dos dois mundos. Por um lado, o profissional terá dias sem locomoção para o local de trabalho e mais tempo para descanso e cuidado com a família. Por outro lado, não perderá o contato direto com seus pares de trabalho, é possível agendar reuniões presenciais com um cronograma pré-definido.
Não há uma resposta certa para esse questionamento, é necessário avaliar todo o cenário organizacional, micro e macro, para determinar um modelo que atenda às necessidades da empresa e dos colaboradores.
De acordo com um estudo recente da Forbes, oito em cada dez executivos dizem que agora preferem reuniões presenciais a virtuais.
No entanto, não podemos negar que a possibilidade de trabalhar remotamente proporcionou a muitas pessoas um equilíbrio mais gratificante entre vida profissional e pessoal, mais tempo para cuidar de si e de suas famílias e mais autonomia sobre quando, onde e como trabalhar.
Dentro deste panorama, visando retenção e atração de talentos, muitas empresas estão buscando o equilíbrio que o modelo híbrido consegue proporcionar. Um relatório recente da McKinsey descobriu que aproximadamente três quartos dos 5.000 funcionários não executivos entrevistados desejam a opção de trabalhar em casa por pelo menos dois dias por semana, e mais da metade dos funcionários entrevistados gostaria de pelo menos três dias de trabalho remoto.
Outro estudo ainda demonstra que 94% das empresas planejam adotar modelos de trabalho remoto ou híbrido a longo prazo – e farão isso nos próximos 12 meses.